sábado, 10 de novembro de 2007

Vita, Vita, Vita mia!

Era noite do domingo, ele já estava se preparando para dormir e já estava de pijama. E quando se pusera na cama ouvira um barulho estranho. Parecia vir do andar de baixo. Era um barulho de dar calafrios. Às vezes fora à chuva com seus trovões ou então o vizinho estava preparando a ceia.
Ignorou. Como todos fazem: ignoram, ignoram a vida, ignoram o amor, ignoram a existência. Mas quando uma coisa nos chama mais de uma vez, quando ela se faz chamativa, nós não mais a ignoramos; prestamos atenção. Como o amor que nunca se dá à primeira vista ou como o entendimento não se dá na primeira explicação. E o barulho retornara. Era estridente, como um cantar de um grilo, mas grave como as tubas em um quarteto de metais.
Mas às vezes as coisas novas nos dão aversão ou medo. E nesse caso o último predominava. Era como um gato olhando ao alto e vendo um cão raivoso ou quando você está próximo da morte. Mas o barulho insistente soava mais uma vez, como o amor chama um amante. E ele fora, descera aos poucos. Aos poucos ia descendo, descia as escadas mas o medo o puxava para o andar de cima. Mas a curiosidade o puxava para baixo. Um pouco de coragem fazia com que ele carregasse um pedaço de tronco nas mãos. Era de madeira de carvalho que tinha achado em uma de suas caminhadas para o nada. E o medo subia a sua cabeça.
As luzes estavam acesas. Na verdade aquela luz parecia não vir das lâmpadas que lá havia. Era uma luz forte, fluorescente. Mas não podia parar de pensar o quão indiscreto seria aquele suposto ladrão. E o barulho atraente o chamara de novo. Passou pela sua cabeça o fato de estar louco. Na verdade não era a primeira vez que pensara nisso, já que falava muitas vezes sozinho. Mas...
O que seria aquilo?
E agora podia ouvir uma voz, mas não podia distingui-la. Era doido, não podia ser outra coisa. Contara até dez como seu médico recomendara. Acalme-se. Continuava a falar sozinho.
Correra pro lugar de onde saíra o barulho. Não podia estar doido, não podia estar vendo coisas.
A luz era muito forte. Tudo estava muito exagerado…
…até a beleza da mulher que o esperava na cozinha.
Seus olhos eram profundos, cabelos castanhos – um pouco claros –, um rosto delicado e algo havia por dentro daquele ser que parecia uma deusa.
Estava te esperando, ela sussurrava numa voz e delicada e com um agudo meio que impostado. Era como um imã para os seus ouvidos e ele desejava ouvir aquela leve voz cantando canções de ninar.
E você?, ele numa voz meio que trêmula.
Sempre fui eu, sempre serei eu. Serei o amor, a paixão e a vida. Serei sua ternura, seu carinho. Seremos um só. Sempre fui quem você esperou.
Isso porque a vida nos reserva segredos, e grandes surpresas que ficarão nos nossos egos. Eternamente.


Marcos Felipe

10 comentários:

Unknown disse...

Parabéns p nós...Vai ser um sucesso!!
Ótimo texto M...
Abraços

Anônimo disse...

Texto muito bom de estréia :D

Anônimo disse...

Nossa...lindo lindo lindo dmaaais!!
Ameeei!! Estão de parabéns!!!
beijos para todos!!!

=****

Anônimo disse...

mt lindo...
parabéns!!!
;*

Anônimo disse...

Texto mto massa!
Mto bom msmo!
Abração!

Anônimo disse...

o nosso blog vai ser um sucessão tenho q publicar meus textos agora!!!

Anônimo disse...

q bacaninha marcos,
pode ate casar ><

nada a ver isso

;**

Unknown disse...

Fico mto lindo
o_o

Parabééns trio metralha
oO


beeeijo
;*

's2

Anônimo disse...

adoreei!
mto top
bjokas

jodenir disse...

O futuro é escrito dia-a-dia, em cada ato, em cada pequeno gesto, em cada suspiro e pensamento.
Se vocês cultivarem - dessa forma tão bela e profunda - sua amizade, sua arte, seu poder de criar, o futuro será muito mais do que vocês sonharam...